Todos os mamíferos necessitam desse alimento tão precioso para seu crescimento e desenvolvimento.
O leite materno é, indiscutivelmente, o mais adequado e completo alimento que existe para o ser humano, até os seis meses de idade. Depois disso, a quantidade de ferro e outros nutrientes já começa a ser insuficiente, sendo necessário complementar com outras fontes alimentares.
Contudo a amamentação é recomendada até os dois anos de idade, na espécie humana, devido à riqueza de probióticos - extremamente úteis na manutenção e integridade intestinal, compostos anti-obesidade, macronutrientes como proteínas, carboidratos e gorduras na medida certa, além do contato acalentador - tão raro hoje em dia.
A indústria tem feito tentativas cada vez mais acuradas para produzir um leite cuja composição se assemelhe ao materno. Todavia ainda não foi possível atingir a complexidade e magnitude do leite humano.
Como a base das fórmulas intanfis é o leite de vaca, são necessárias inúmeras alterações na composição nutricional para que seja seguro que um bebê faça uso desse leite.
O leite de vaca destinado às fórmulas deve ser “desconstruído” e depois reorganizado de maneira a atender melhor as necessidades de cada fase da lactação. O conteúdo de sódio e proteínas encontrados no leite de vaca in natura, por exemplo, excedem muito a quantidade que o organismo de um bebê é capaz de processar; vitaminas e minerais também devem alterados, tanto na composição e variação quanto na quantidade, para as fórmulas.
Assim esses compostos são calculados e acrescentados em quantidades compatíveis com as necessidades do lactente.
A preocupação de toda mãe quando o filho não ingere leite é o cálcio.
O cálcio é um mineral de extrema importância para os seres humanos já que constitui a estrutura dos ossos e dentes, além de ser imprescindível nas funções de contração muscular, impulsos nervosos, controle do pH sanguíneos e coagulação.
O importante é saber que esse mineral pode ser encontrado em outras fontes alimentares além do leite e seus derivados.
Brócolis, repolho, couve manteiga, espinafre e batata-doce contém cálcio com boa disponibilidade, pois possuem ácido cítrico capaz de intensificar a absorção. O grão-de-bico e as leguminosas também contém cálcio e sua eficiência de absorção é tão boa quanto a dos laticínios.
Todos esses alimentos estão presentes no cardápio da escola.
Outro mineral que merece nossa atenção quando o assunto é cálcio e sua disponibilidade, é o magnésio que está presente em alimentos como castanha-do-pará, soja em grão e aveia. Ele funciona como um mediador da absorção do cálcio no intestino.
Como aproximadamente 10% do cálcio ingerido é absorvido pelo intestino, é muito importante a saúde desse órgão tão esquecido. Probióticos como alcachofra, shoyu e lactobacilos (como Kefir) e prebióticos como aveia e escarola são grandes promotores da saúde intestinal.
O sol é um bom aliado, já que é um excelente potencializador da Vitamina D cuja função é auxiliar a fixação do Cálcio nos ossos.
Portanto, se seu filho tem uma alimentação variada e uma vida ativa, fique tranquila: a ausência do laticínio não trará consequências negativas à sua saúde.
Elizandra Chagas
Nutricionista
THEMAeducando
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