terça-feira, 27 de março de 2012

Pensando em ter mais um filho?

Seguem algumas dicas para aqueles que se questionam sobre ter mais filhos ou não:

- A decisão de ter mais filhos deve ser feita em função do desejo e disponibilidade dos pais e não pensando em uma companhia para o filho mais velho ou considerando a vontade deste;

- A decisão deve ser feita em conjunto pelo casal – de maneira consciente, pois quanto maior o número de membros, mais atividades e relações familiares acontecem: será necessário dividir responsabilidades, cuidados e tarefas domésticas;

- Não convém perguntar se o primogênito quer um irmão ou não, porque a escolha não cabe a ele, nem se prefere irmão ou irmã;

- Contar da gravidez o quanto antes, assim que confirmada, para que a criança não fique sabendo por terceiros (ou, ainda, sinta mudanças na casa, na família ou na mãe sem entender o que está acontecendo);

- Se a criança demonstrar por conta própria preferência por irmão ou irmã cabe explicar que nem os pais podem escolher;

- Não criar falsas expectativas como dizer que o irmão virá para brincar e fazer companhia ao mais velho (quando o bebê nasce é incapaz de fazer isto o que pode causar uma frustração desnecessária ao primogênito contrariando a confiança depositada nas explicações dos pais);

- Cada pessoa é única, não existe ninguém igual no mundo. É impossível tratar os filhos igualmente. As relações são diferentes e as formas de amor também – não se deve alimentar sentimentos de culpa pelos sentimentos diferentes que possa vir a ter por cada filho – assim eles também não o farão. É importante valorizar cada um em suas características e considerar a idade de cada um (cada fase tem suas características e necessidades diferentes). Evitar comparações e não depreciar diferenças de sexo (entre meninos e meninas);

- Convém se organizar financeiramente, pois costumam ocorrer alterações no bem estar econômico da família (aumento de gastos ou a mãe pode ganhar menos pelo afastamento do trabalho).

Qual o momento adequado para “encomendar” mais um?
Sobre a diferença de idades adequada: 

Tente prever a disponibilidade do casal em termos de energias e tolerância, pois o bom relacionamento entre os filhos depende mais disto do que da diferença de idade entre eles. Para conseguir prever isto, convém saber que:

- Crianças de até um ano e meio mais ou menos acabam tendo necessidades muito parecidas com as do bebê e é preciso ter bastante disposição para atender o que seriam “gêmeos com idades diferentes”. Se os pais ficarem inseguros quanto a isso, esperem ter certeza de que já dedicaram o suficiente ao primeiro filho a ponto de ele adquirir certa independência;

- No segundo ano de vida a criança passa por uma fase de enfrentamentos a fim de conhecer suas vontades e possibilidades. São tempos mais desafiadores para os pais administrarem os limites sem desconsiderar a necessidade de autonomia da criança. Se os pais entenderem que são capazes de administrar essa fase juntamente com as manifestações de ciúmes em relação à chegada de um novo membro, não há motivos para receios;

- Por volta de 4 ou 5 anos a criança já tem mais recursos cognitivos, de autonomia e de linguagem que permitem compreender melhor as explicações dos pais e participar positivamente dos cuidados de um irmão. Entretanto, ela também passará pelo processo de readaptação familiar, podendo se encontrar com sentimentos novos assim como todos os outros. Além disso, depois deste tempo, a família se dá por tão bem adaptada que os pais questionam se teriam disposição de "começar tudo de novo".


Nem sempre é possível considerar todos esses fatores, algumas vezes tudo é surpresa. Vale lembrar que independente da experiência e das dificuldades que possam vir a ser encontradas, havendo amor, cuidado e limites todos sairão bem, mais cedo ou mais tarde.




“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.”

(Friedrich Nietzsche)

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