quinta-feira, 14 de junho de 2012

Afinal, o que significa o 1º ano no Thema?

Em 2005 a Lei Federal nº11.114 tornou obrigatória a escolaridade a partir dos 6 anos de idade e no seu contexto estendeu o Ensino Fundamental para um período de nove anos de duração. O que para nós, educadoras, defensoras da infância, causou estranhamento e muitos questionamentos: O que está por trás dessa lei? Qual a concepção de ensino rege essas mudanças? A escola nesse contexto foi pensada “para” ou “com” as crianças? Por que essa ampliação nesse momento da história? Por que a Educação Infantil é tão desvalorizada?

Diante de tantos questionamentos, muitas reflexões e um grande apoio dos pais, chegamos à conclusão que tínhamos que continuar a ter o G5 no Thema, apenas mudaríamos a nomenclatura, mas todos os objetivos, filosofia, valores seriam preservados. Assim, em 2009, pedimos autorização na Delegacia de Ensino e, para a nossa surpresa, conseguimos, o Thema foi aprovado. Atualmente, temos o 1ºano do fundamental, mas nosso plano futuro é poder estender até o 5ºano, completando o ciclo.

Recentemente fizemos uma reunião de pais sobre esse assunto. Conversamos sobre o que o 1º ano representa para nós: o fechamento de um ciclo de anos de trabalho e dedicação das crianças, a conclusão de uma etapa da qual pretendemos que elas levem muito mais do que a alfabetização - esperamos que elas levem um gosto por aprender, um sentido do escrever e ler, uma paixão por pensar e a habilidade de se relacionar bem com o mundo.

Gostamos de pensar a escola como um lugar no qual as crianças sintam vontade de permanecer. Observamos, escutamos e é exatamente assim que as crianças se sentem: “Acho que vai ser legal ser do 1º ano”, “Vai ser um pouco difícil, porque são os maiores do Thema”, “No 1ºano aprendemos muito. Vamos aprender coisas do Egito e Dinossauros”, “No 1º ano podemos ajudar os amigos em algumas coisas”.

Ser do 1ºano é algo mágico, especial, poético, que evoca sentimentos infantis de crianças que estão crescendo, num ambiente em que o aprender é significativo.


Paula Franco


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