quarta-feira, 6 de junho de 2012

ESCOLA SIM, escolinha não!

Por que existe o costume de tratar as ações e atividades das crianças pequenas no diminutivo? Vamos fazer naninha? Hora de comer a papinha! Você quer aguinha? Vamos para a escolinha... Do mesmo modo que o mundo do adulto é cercado de procedimentos, tarefas e posturas de grande responsabilidade e importância, devemos também olhar para as tarefas infantis da mesma maneira. Às vezes penso que a utilização do diminutivo seria uma forma de demonstração de carinho. Mas, não estaríamos diminuindo, menosprezando e ignorando as responsabilidades das crianças? Afinal, a “escolinha”, ou seja, a Educação Infantil, é uma das fases mais importantes do desenvolvimento humano. Você já parou para pensar o quanto as crianças de 0 a 6 anos crescem e se desenvolvem? O quão ricas são as experiências e vivências escolares nessa etapa da vida? Acredito que esse momento das crianças alcança níveis tão altos de aprendizagem que não conseguem se encaixar e se expressar nos “inhos” carinhosos destinados a ele. O que diferencia essa etapa de aprendizagem de outras para ser diminuída dessa forma? Será que a justificativa disso seria o fato dos estudantes serem pequenininhos? Nós, educadores de Educação Infantil, reconhecemos que as criancinhas na verdade são grandiosos indivíduos em desenvolvimento e que estão num ambiente educativo para potencializar suas enormes capacidades. Enquanto chamamos e tratamos o ambiente escolar das crianças de forma diminutiva, as crianças descrevem suas ações com amplitude ao responderem o que é ser criança: Ser criança é diferente de adulto, porque adulto trabalha e a criança vai para ESCOLA! 


Camila Izoli
Coordenadora Pedagógica – Ciclo2

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