“Cabe aos pais não ceder ao desejo de tentar criar o filho que gostariam de ter, mas sim ajudarem o filho a desabrochar plenamente, em seu próprio ritmo, naquilo que ele quer e pode ser, de acordo com seus dotes naturais e como consequência de sua história de vida.” Bruno Bettelheim, apud Lobo.
Toda criança já nasce com inteligência. Isto é, com a capacidade de aprender, de apreender e compreender, com a percepção e a capacidade de se adaptar. Mas, quanto maiores forem as suas experiências, explorações, vivências, mais ela aprenderá. E quanto mais aprende, mais se desenvolve mentalmente. E quanto mais se desenvolve, mais aprende. E quanto mais ela aprende, mais experiência ganha... O que quer dizer que a inteligência se constrói de forma contínua, não é estática, desenvolve com o próprio uso.
A inteligência natural da criança se desenvolve quando reconhecemos as suas competências, habilidades, quando confiamos nela, apoiamos suas iniciativas, admitimos sua liberdade, damos segurança. “Amar é a palavra-chave para a segurança física e mental”, escreve o educador inglês A. S. Neill. É essa segurança que permite o desenvolvimento natural da inteligência.
Educar é possibilitar à criança as melhores condições para que ela se desenvolva física, mental, intelectual e afetivamente, explorando as suas potencialidades. É um processo em andamento, que acompanha cada etapa da criança, segundo as suas necessidades. Cada estágio deste desenvolvimento psicológico e social é uma conquista que requer paciência, atenção, apoio, compreensão, sensibilidade dos adultos para que a personalidade da criança tenha marcas de um desenvolvimento saudável.
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